Pantheon ventures e Carlyle group abrem escritórios em Bogotá
O crescimento que vem apresentando a economia colombiana nos últimos anos e as perspectivas positivas para o futuro tornam-se razões para que os grandes grupos financeiros do mundo tenham entre seus planos de expansão o mercado colombiano.
É o caso do Grupo Carlyle, o maior fundo de investimento privado do mundo, que administra ativos pelo valor de mais de US$ 147.000 milhões, e que como anunciou oito meses atrás LR, prepara-se para abrir um escritório em Bogotá para oferecer seu negócio de capital de risco na Colômbia. Nesse momento, o diretor geral e fundador do grupo financeiro, David Rubenstein, afirmou que a Colômbia é um mercado prioritário para a companhia, e destacou que este país “tem um mercado interno forte com as classes B e C em auge e um governo comprometido com a atração de investimento estrangeiro”.
Assim, a agência Bloomberg revelou que Pantheon Ventures inaugurará um escritório em Bogotá no mês que vem, segundo Jaime Londoño é quem dirigirá a divisão da empresa com sede em Londres.
Da mesma forma, os bancos e as corretoras já não são os únicos objetivos destas empresas, se não que cada vez começa haver mais interesse para entrar no segmento de fundos de capital privado, no qual, no último ano, ingressaram empresas como Advent International Corp., Harbour Vest Partners LLC e Southern Cross Group. Estas empresas têm procurado abrir suas possibilidades de negócios além do Brasil, país que de acordo com a Associação Latino-Americana de Capital de Risco, foi o maior receptor de investimentos de capital de risco da região em 2012.
Os fundos de capital estão se concentrando na busca de novas opções devido aos fracos dados de crescimento do Brasil, o ano passado o país de língua portuguesa logrou um PIB de 0,9%. Assim, entre seus planos de desenvolvimento, além da Colômbia também se encontra o Peru, mercados que experimentaram um crescimento de 4% no ano passado. “Em alguns países latino-americanos como Peru ou Colômbia, ainda existem oportunidades que já não ficam disponíveis no Brasil pelas altas avaliações”, explicou numa entrevista para Bloomberg, Patrice Etlin, sócio gerente de Advent para Latino-America.
A quantidade de investimentos de capital de risco que procuram sua expansão pela Colombia e pelo Peru está crescendo, segundo Cate Ambrose, presidente da Associação de Capital de Risco. Estes dois países representaram 11% das operações de capital de risco da América Latina no ano passado, acima de 10% em 2011, segundo a Associação.
Peru experimentou o maior aumento das transações neste segmento, com 12 operações no ano passado, frente a 2 no ano 2011. Brasil representou 62% de mercado em 2012, acima de 52% em 2011, evidenciam os dados da associação, que foram recopilados pela Bloomberg.